É uma festa pegada ter conversas destas logo pela manhã:
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- Minha menina, ontem fiquei a dever ali 5 "Oiros", mas hoje já trouxe 20 "Oiros" para pagar a "diveda".
- Isto é um problema Sr. José. O dinheiro vale OIRO.
- É sim "senhoira". (pausa)
Já agora, a menina acha que me podem medir a "atenção" ?
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- Olhe, eles punham-me aqui a "gaize" na perna e era umas dores (...) o "peinso" ficou aqui mas eu "num maguentava" .
alegria todo o dia
"Voltei, voltei. Voltei de lá. Ainda ontem estava em ....... e agora já estou cá"
Ah pois é! Ainda não desisti deste blogue. É verdade.
Estou de volta de umas férias relâmpago. E que férias! Vacances dignas de uma narração por parte do Artur Albarran, à mistura com o senhor que dá voz aos programas do National Geographic: viagem, drama, sexo, vídeo, alegria, horror, macacadas, gargalhadas, mais drama quando eles queriam mais sexo... cenas da vida real.
(E não poderia ser de outra forma ou não estaríamos a falar da minha vida).
De facto, desta vez foram mesmo férias (ainda que atribuladas), mas a verdade é que nestes últimos anos passo metade do tempo com a mala às costas. Ainda ponderei virar camionista, tal é a quilometragem que já tenho em cima, mas mais valia ser sócia da Brisa ou de uma qualquer estação de serviço (encontro-me disponível a propostas).
Mas como nem tudo é festarola, eis que o drama (dos outros, ainda por cima) insiste em estragar a paz e o descanso do casalinho de pombos. Assim, lá regresso eu ao trabalho com umas trombas de meter medo (o que acontece com alguma frequência, admito), pois ultimamente há sempre alguém que me corta o repouso de beleza.
Pois bem meus amigos, vou já avisando que nas próximas férias vou partir por aquela estrada (por onde um dia cheguei a sorrir), sem olhar para atrás. Portanto, quem tiver que adoecer ou sofrer de alguma drama pessoal que o faça JÁ!!! É que eu já não aguento a voz do Albarran com tanta narração dramática, quero mais wild life, please.
Como o computador do trabalho decidiu rebelar-se contra a minha pessoa (deve ser uma crise própria da puberdade, coitadinho), Este vai ser o meu look nos próximos dias:
Se eu conseguir sobreviver a esta catástrofe e o patronato não me despedir no entretanto (a julgar pelas primeiras reacções, parece que de nada me servirão as noites que passo com um deles), regressarei em breve.
Caso contrário, ao ouvirem a notícia de que uma mulher caucasiana, com cerca de 30 anos de idade, extremamente bem vestida (nota importante) está a percorrer a A1 no sentido Norte-Sul, a pé, apresentando claros sinais de demência... fiquem a saber que sou eu!
O que é que esperam para entender a mensagem, oh prevaricadores de espaço?
Que eu desate a urinar as paredes e o mobiliário do escritório para marcar terreno?
Que vos pegue pelo braço e reproduza aquela cena do Dirty Dancing em que a Baby diz ao não-me-recordo-o-nome: "This is my dance space, that is your dance space. I don´t go to yours you don´t come to mine."?
Aluga-se por bom preço.
COLEGA DE TRABALHO
Sexo: Masculino, mas com capacidade de cusquice superior ao sexo feminino
Idade: Prestes a ser avô, embora não aparente
Habilitações Literárias: Muito escassas (mas não importa pois, apesar de ganhar acima da média dos licenciados, na sua cabeça é muito mal pago e merece sempre mais. Enfim, é um "Senhore")
Currículo:
30 anos de experiência em:
- Controlo de pessoal (quem entra, sai, fala , telefona, paga, vai à retrete, bebe água e afins);
- Criar intrigas entre colegas e patrões (mas sempre muito porreiro para todos);
- Levar ao bolso aquilo que não lhe pertence (MUITO amigo...do alheio);
- Criticar meio mundo (em compensação provém de uma família perfeita);
- Fazer-se de santo e púdico (experiência adquirida aos Domingos na missa);
- Frequentes crises de dor de cotovelo (acompanhadas por amuos e figuras de adolescente... ou será a crise da meia idade?!);
- Capacidade extraordinária na criação de (mau) ambiente de trabalho;
- Cordial (se gostar da pessoa em causa ou se for obrigado a passar graxa);
- Educado (se esquecermos os amuos e o "prontos", "vistes", "fizestes");
- Curioso até mais não (leia-se cusco);
.... e a lista continua
Frase com que se define a si próprio:
"Eu sou muito directo e o que tenho a dizer digo na hora" (entenda-se que falar pelas costas de toda a gente é o novo sinónimo de ser directo.)
E que tal? Alguém interessado? ...
Hummm? ..... Ninguém?
Anyone?...
...
Help!!
Estou velha!
Este lamento não se deve a mais um aniversário, mas sim a uma simples e objectiva constatação de factos.
Chego ao fim do dia com a sensação de ter sido chocalhada dos pés à cabeça e dói-me tudo, até a alma. Pior, às nove da noite estou literalmente a apanhar bonés. Não há livro, programa de TV, filme ou série que me prenda a atenção e mande o Sr. Pestana tratar das criancinhas que eu já passei da idade. Em vez disso lá estou eu, a fazer as figuras tristes que durante anos gozei ao ver nos outros.
Um dia destes adormeço sentada na sanita, já faltou mais.
Não há direito.
Os meninos que me perdoem mas há homens.... Haja paciência!
Se não querem admitir que uma mulher os intimida, não o façam. Agora, desculpas da treta para tentar não ficar mal na fotografia, give me a break.
(marieclaire images)
É simples, se o menino não tem confiança comigo é porque eu não transmito esse sentimento. Get it? Não é o menino que comanda nada, pois no fundo o que se passa é que ao olhar para mim sente uma certa intimidação (uhhh, que dorona que eu sou quando quero). A razão dessa intimidação? Simples, o menino foi criado no meio de gente machista e não está habituado a ver uma mulher fazer o que quer, como quer e lhe convém (as mulheres também ficam por cima, tá?!). Mas lá bem no fundo ( eu devia ter tirado psicologia, está visto) o menino não gosta da body language que existe entre mim e uma certa pessoa por também não estar habituado a relacionamentos de amor e respeito.
No entretanto, vá dizendo à mulherzinha que não me passa confiança que sempre lhe fica bem. E todas estas figuras para justificar o quê mesmo?!
Santa paciência.
Santa ignorância.
Maldito machismo
Marafada pois claro!
Aqui neste espaço de trabalho, que se quer de grande higiene, trabalha uma senhora cuja ocupação é a de funcionária de limpeza. Até aqui nada de novo a não ser o seu especial dom para tudo menos para a limpeza propriamente dita.
E assim a D. Orquídea tem a capacidade de me tirar do sério e, admito, já me tem colocado a mim de pano na mão, tal é o meu sofrimento.
Acho que ambas tivemos azar. Eu por me ter saído na rifa a dona prefere-dar- à-língua; ela por lhe ter caído do céu a miss esquisitice.
Acho que um dia destes me vai sair um monstro de cotão de dentro do PC e digam lá o que disserem, para mim aqueles quartos de banho NÃO ESTÃO LIMPOS! Aliás, as minhas fintas ao dito WC são tantas que um dia destes vai-me sair o xixizinho pelos olhos ou, pior, fico incontinente para o resto dos meus dias.
É caso para cantar: If I were the boss...
Mas como não sou, lamento-me aqui. É a vidinha!
Pronto, começa o calor e é sempre a mesma coisa!
Epá, faço aqui um apelo público.
Pessoal que leva uma boa vida ou já está no desejado período de férias:
Tenham pena de quem anda a trabalhar de manhã à noite, vestido com roupa de cerimónia (uns por terem a mania que são empresários - como eu - outros por obrigação), e deixem de andar a gritar aos sete ventos que "vão para a praia" ou que "vêm da praia".
Já não falo do vestirem roupa de praia em todo o lado da cidade (já deixei aqui a minha opinião sobre isso) mas do simples facto de não ser necessário ligar para o Jornal de Notícias a anunciar tal facto.
Aproveitem sim senhora, mas tenham lá compaixão pelos restantes compatriotas.
. Mas... "qésta" m#$d% pá?!...
. Aluga-se
. Soneira directamente prop...