No local de trabalho, costumo dizer que não tenho religião, partido político ou clube futebolístico. Assim, como sabiamente me ensinou o meu Ken, evitam-se muitos dissabores e respeita-se a variedade de pessoas que se cruzam connosco.
Também por estas bandas, não gosto de entrar nestas temáticas, a não ser de forma puramente humorística e despretensiosa.
Mas hoje apetece-me questionar uma coisa que me está atravessada na traqueia.
Há ainda alguém que não perceba que o nosso Governo (seja qual for a cor), em véspera de eleições quer tratar de tudo e mais alguma coisa, quando teve quatro anos inteiros para o fazer e esteve-se a borrifar??!!!
Agora lembram-se dos homossexuais, das uniões de facto, de pedir "desculpa" aos professores.....?! Agora???? Depois de anos a fio de arrogância e pouco diálogo, num ápice, tudo muda de figura e vá de distribuir beijinhos pelo povo. E o povo até gosta dos beijinhos, pelo que se vê na TV. As mulheres atropelam-se para beijar homens que não conhecem de lado nenhum e que nunca contribuíram para a sua felicidade. Gostam tanto que até ignoram a cara de aborrecimento (de "frete") que muitos deles apresentam durante o percurso.
E estes senhores políticos, que no fundo detestam o contacto com o povinho, vá de distribuir beijos e abraços como se o mundo fosse acabar e a redenção dependesse disso.
Pois eu agradeço as amabilidades repentinas, mas cheia de politiquices estou durante o ano inteiro. E não me venham dar beijinhos que estes belos lábios não beijam qualquer um. E já agora, tenho memória de elefante. Daí as soluções em cima do joelho não colarem nesta caderneta.
"tudo farinha do mesmo saco"
Sinto que estou a padecer do chamado stress pré-férias (se não existe... há uma primeira vez para tudo).
Este stress tem como principais sintomas uma preguiça tremenda e uma falta de paciência que só seria atenuada com 20 mil peças de louça ao dispor das minhas mãozinhas.
Não obstante o relax generalizado à nossa volta, uma pessoa até aguentava os dias de trabalho não tivesse que levar com a nossa emigrantada de regresso às raízes (e às tristezas) deste belo país à beira mal plantado. Assim, uma pausa para almoço ou uma visitinha a qualquer supermercado tornam-se um verdadeiro frenesim de estupidez circundante.
Fala-se francês como os espanhóis falam Inglês; mistura-se as duas línguas numa salsanhada tal que nem os próprios raciocinam sobre o que acabaram de expelir ("Venez ici, venez ici, moço dum raio, não ouves?!); os avós aprendem língua gestual, pois os netos "tão pequeninos já falam francês"; há quem contribua para o comprimento das filas de pagamento pois ainda tem que contar os euros em francos (sim, assisti pessoalmente a esta e ainda fiquei a questionar que moeda se usaria em França); entupe-se o trânsito com os super carros de matrícula amarelinha, vidros abertos para partilhar as sonoridades com os vizinhos e meio corpo de fora para poder apreciar melhor se alguém olha para a Parada ou não.
Tudo isto e muito mais, para fazer uma bela duma grande (triste) figura na terriola que os viu descalços.
Somos o que somos, nem mais nem menos.
A falar Mandarim ou com sotaque Nortenho, vestidos made in Italy ou made in Buraca, calçando xanato ou Paulo Brandão, acabamos por agir na nossa verdadeira essência. E é caso para dizer, percorremos todo o mundo mas a educação ficou em casa dentro da gaveta.
TOMA!
A Fátima Felgueiras (Fatinha para os amigos) não foi acusada por falta de provas!
Mas alguém pensava que o resultado pudesse ser outro...???
Notícia era se fosse.
. Dê cá um beijinho Sr. Min...
. Stupid things about peopl...