Já vos aconteceu conhecer melhor uma pessoa e perceber que é uma verdadeira pain in the ass, daquelas que nos faz questionar onde estávamos com a cabeça quando lhe demos o nosso número de telefone particular, o contacto do messenger and so on?
Daquelas pessoas que só pensam em trabalho e acham que os outros têm de ser assim também?
Pois....
E agora o que é que eu faço?
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Não tenho nada contra excursões, convívios, piqueniques e todo o demais convívio entre os seres humanos. Mas reuniões de gente, às cinco da manhã, num dia de trabalho, à janela dos outros... Give me a break.
(eu logo vi que morar na cidade não havia de ser tão grande coisa).
Assim, por estar aqui com umas olheiras dignas de um filme de terror, aos caríssimos "entronjos" que decidiram fazer do "meu prédio" o ponto de encontro para a sua excursão a Fátima, eis o meu comunicado:
Senhoras e Senhores que a esta hora estais em Fátima, rezai por mim. Agradecei à Nossa Senhora a santa paciência que eu tive convosco. Rejubilai pela graça em mim concedida. Graça essa que me impediu de vos brindar com um balde de água fria, de proferir palavras negras e obscenas, de sair porta fora e blasfemar contra as vossas pessoas (pensando bem, esta última parte foi graças à preguiça mesmo).
Solicitai ao menino Jesus que, como prenda no sapatinho, vos conceda um pouco de inteligência e bom senso. Reparai em como estas características são importantes para evitar guerras e violência, assim como as que esta vossa irmã ia iniciando logo cedo.
Perdoai-me assim como eu vos perdoei, apesar de ter algo aqui entalado na garganta e nos olhos.
E rezai... rezai que esta noite também eu vou pedir à Nossa Senhora de Fátima que ilumine essas cabecinhas e que para o ano vos dê a ideia de se reunirem no parque de estacionamento do Jumbo (é que fica ali tão perto....).
Sinto que estou a padecer do chamado stress pré-férias (se não existe... há uma primeira vez para tudo).
Este stress tem como principais sintomas uma preguiça tremenda e uma falta de paciência que só seria atenuada com 20 mil peças de louça ao dispor das minhas mãozinhas.
Não obstante o relax generalizado à nossa volta, uma pessoa até aguentava os dias de trabalho não tivesse que levar com a nossa emigrantada de regresso às raízes (e às tristezas) deste belo país à beira mal plantado. Assim, uma pausa para almoço ou uma visitinha a qualquer supermercado tornam-se um verdadeiro frenesim de estupidez circundante.
Fala-se francês como os espanhóis falam Inglês; mistura-se as duas línguas numa salsanhada tal que nem os próprios raciocinam sobre o que acabaram de expelir ("Venez ici, venez ici, moço dum raio, não ouves?!); os avós aprendem língua gestual, pois os netos "tão pequeninos já falam francês"; há quem contribua para o comprimento das filas de pagamento pois ainda tem que contar os euros em francos (sim, assisti pessoalmente a esta e ainda fiquei a questionar que moeda se usaria em França); entupe-se o trânsito com os super carros de matrícula amarelinha, vidros abertos para partilhar as sonoridades com os vizinhos e meio corpo de fora para poder apreciar melhor se alguém olha para a Parada ou não.
Tudo isto e muito mais, para fazer uma bela duma grande (triste) figura na terriola que os viu descalços.
Somos o que somos, nem mais nem menos.
A falar Mandarim ou com sotaque Nortenho, vestidos made in Italy ou made in Buraca, calçando xanato ou Paulo Brandão, acabamos por agir na nossa verdadeira essência. E é caso para dizer, percorremos todo o mundo mas a educação ficou em casa dentro da gaveta.
TOMA!
Os meninos que me perdoem mas há homens.... Haja paciência!
Se não querem admitir que uma mulher os intimida, não o façam. Agora, desculpas da treta para tentar não ficar mal na fotografia, give me a break.
(marieclaire images)
É simples, se o menino não tem confiança comigo é porque eu não transmito esse sentimento. Get it? Não é o menino que comanda nada, pois no fundo o que se passa é que ao olhar para mim sente uma certa intimidação (uhhh, que dorona que eu sou quando quero). A razão dessa intimidação? Simples, o menino foi criado no meio de gente machista e não está habituado a ver uma mulher fazer o que quer, como quer e lhe convém (as mulheres também ficam por cima, tá?!). Mas lá bem no fundo ( eu devia ter tirado psicologia, está visto) o menino não gosta da body language que existe entre mim e uma certa pessoa por também não estar habituado a relacionamentos de amor e respeito.
No entretanto, vá dizendo à mulherzinha que não me passa confiança que sempre lhe fica bem. E todas estas figuras para justificar o quê mesmo?!
Santa paciência.
Santa ignorância.
Maldito machismo
Toca o telemóvel.
Após uma enorme gincana, lá consigo agarrar o maldito. Olho para o número e não o reconheço.
Atendo com um sereno: "Tou?"
Resposta esganiçada do outro lado da linha: "Quem fala??"
Mau, mau! Mas insisto: "Com quer falar?"
Resposta do dia: "Com à Dona do Telefoni"??
Ai, ai,ai que eu já não ouço bem! Tento novamente: "Faça favor de dizer do que se trata"
Resposta brilhante: "Como é o seu nomi"?
"Eu não lhe vou dizer o meu nome, diga o que deseja ou desligue o telefone!"
E o resto da conversa nem transcrevo pois creio que foi a chamada telefónica mais idiota que eu alguma vez recebi. E vá-se lá explicar a alguém que deve ter o cérebro do tamanho de uma ervilha que nem eu, nem marido, nem namorado, nem irmão, nem primo, nem vizinho, nem cão, nem papagaio, nem ácaro, lhe andamos a ligar para o telemóvel.
E já agora. Mas que mania é esta de ligarem para os outros e fazer a pergunta "Quem fala"? É que era só o que faltava!!! Então se eu estou a ligar, devo saber com quem, ou para onde, quero falar. Quanto muito, que tal um "Olhe passa-se isto e aquilo e queria saber se tem conhecimento" ou "tinha uma chamada deste número, não o reconheço?" Não! É logo à bruta, sem formação e, pior, sem certezas!
É que há cada um...
. Irra!
. Santa ignorância, Santa p...
. Stupid things about peopl...
. Estou sim? Não, não é pra...