Sinto que estou a padecer do chamado stress pré-férias (se não existe... há uma primeira vez para tudo).
Este stress tem como principais sintomas uma preguiça tremenda e uma falta de paciência que só seria atenuada com 20 mil peças de louça ao dispor das minhas mãozinhas.
Não obstante o relax generalizado à nossa volta, uma pessoa até aguentava os dias de trabalho não tivesse que levar com a nossa emigrantada de regresso às raízes (e às tristezas) deste belo país à beira mal plantado. Assim, uma pausa para almoço ou uma visitinha a qualquer supermercado tornam-se um verdadeiro frenesim de estupidez circundante.
Fala-se francês como os espanhóis falam Inglês; mistura-se as duas línguas numa salsanhada tal que nem os próprios raciocinam sobre o que acabaram de expelir ("Venez ici, venez ici, moço dum raio, não ouves?!); os avós aprendem língua gestual, pois os netos "tão pequeninos já falam francês"; há quem contribua para o comprimento das filas de pagamento pois ainda tem que contar os euros em francos (sim, assisti pessoalmente a esta e ainda fiquei a questionar que moeda se usaria em França); entupe-se o trânsito com os super carros de matrícula amarelinha, vidros abertos para partilhar as sonoridades com os vizinhos e meio corpo de fora para poder apreciar melhor se alguém olha para a Parada ou não.
Tudo isto e muito mais, para fazer uma bela duma grande (triste) figura na terriola que os viu descalços.
Somos o que somos, nem mais nem menos.
A falar Mandarim ou com sotaque Nortenho, vestidos made in Italy ou made in Buraca, calçando xanato ou Paulo Brandão, acabamos por agir na nossa verdadeira essência. E é caso para dizer, percorremos todo o mundo mas a educação ficou em casa dentro da gaveta.
TOMA!
. Stupid things about peopl...