Os tempos mudam, a escolaridade mínima obrigatória aumenta, escrevem-se livros de etiqueta, mas os empregados de certos serviços (muitos dessa bela instituição que se designa por Estado) continuam a ser um mimo de boa educação e competência.
Eu entro em completo delírio quando sei que tenho de me deslocar a esse belo local onde compramos selos, levantamos encomendas e afins, cujo nome parece uma marca de um produto altamente tóxico usado para matar baratas: CTT!
Sim, deslocar-se a uma estação desta empresa é o mesmo que ir a um spa. A experiência pode ser altamente aliviadora para quem sofre de stress, pois por muito que apeteça desatar aos palavrões e à estalada com toda a gente, não temos outro remédio que o de engolir em seco e respirar fundo. É uma verdadeira terapia de choque!
Eu até imagino como aquilo deve funcionar.
Chegam ao trabalho e são borrifados com um spray anti simpatia, passam por uma porta que os põe com cara de poucos amigos e... Voliá... estão prontos para atender o povo.
Depois vem a questão do tempo que se leva a fazer as coisas. É assim algo entre o devagar e o devagarinho. Aliás, a explicação para isto é que um dos pré-requisitos é ser capaz de correr atrás de um caracol (o professor deve ter sido um Alentejano que eu cá conheço...).
Claro que há excepções, mas a verdade seja dita: são verdadeiras aves raras! Tão raras que alguém devia fazer um programa de TV sobre elas.
Que tal um Big Brother com um misto de funcionários dos CTT, das Finanças, das Conservatórias, das Câmaras...?
Ai que saudades dos senhores carteiros de antigamente... esses ao menos eram um pouco cusquinhos mas muito mimosos. Eram assim como o carteiro Paulo, lembram-se?
. Quero um carteiro Paulo n...