Eh voilá! Cá estou eu de novo. Já ninguém deve vir até aqui (lá se foram os meus amigos blogueiros), mas a maternidade tem coisas do caraças e uma delas foi conceder-me um período de quase dois anos para esquecer que existe vida para além das fraldas. Foi mais ou menos isto, misturado com uma dificuldade enorme em ajustar tudo o que esta nova vida implica.
Posto isto, devo dizer que algo superior se apoderou de mim (há quem tenha um nome menos agradável para estes ímpetos) e acordei com uma enorme vontade em regressar à escrita. Enfim, exprimir de alguma forma os devaneios que cruzam a minha mente e as acobracias que uma boneca marafada tem de realizar ao longo dos dias... diz que é uma espécie de diário online.
Até breve.
Para que conste: a vida não é fácil; a de uma mulher também não; muito menos a de uma grávida; a de uma MarAFaDa dava uma final europeia com direito a prolongamento e grandes penalidades!!
Nem vos conto o que têm sido os meus dias de calor (qual menopausa, qual quê) e muito menos a rotina idiota que se tornou o meu dia-a-dia, à conta de não poder fazer isto, nem aquilo, nem o outro.
Pela primeira vez que tive vontade de usufruir do meu direito a ser prioridade na caixa do supermercado (caixa prioritária a grávidas, entenda-se), levei com uma anormal a refilar que já tinha estado grávida por duas vezes e que nunca precisou de favores. Minha senhora, good for you e que Deus Nosso Senhor (sim, que eu topei que a "senhora" é daquelas que está batida na missa todos os Domingos, apesar da fraca cristandade) lhe dê muita saudinha para o resto dos seus dias.
Claro que eu estava de rastos, demasiado cansada e cheia de calor para lhe responder à letra e apenas disse "minha senhora, mas esta é a caixa prioritária a grávidas" - apontando para o sinal bem acima das nossas cabeças.
Ainda ouvi com o remate de que gravidez não é doença, algo com que eu concordo plenamente mas fica aqui a nota para que as gentes deste país não julguem o pão pela carcaça, pois nunca se sabe o que está dentro do miolo (que bonita frase não?).
Resumindo, no fundo no fundo, eu tinha era vontade de a mandar para o %&%$$%#$, monte de %$$%#&%$#&#, anormalóide que não sabe ler com toda a certeza... mas.... uma lady não faz estas cenas! Assim, e apesar de ter ficado a pensar uma tarde inteira na estupidez das gentes deste país (porra, se aquela caixa tem o sinal à frente da testa e se até a rapariga da caixa queria que eu me sentasse e bebesse água, tal era a minha cara de aflição...) só lhe desejo muita paz de espírito e que a labrega da sua filha não venha a encontrar/precisar de gente tão besta quadrada quanto a senhora. É que ao escarrarmos para o ar, estamos sujeitos a levar com o refluxo na tromba.
Mais uma vez se comprova como nós mulheres somos solidárias umas com as outras. Tanta amizade e entre-ajuda, ainda nos vai levar à extinção! Essa é que é essa!
Meus amigos,
Ainda não tive o bebé (resposta à Sorrisinho), estou viva e de boa saúde. Esta ausência prolongada deveu-se a outros factores, entre os quais férias, trabalho e preguiça. E devo acrescentar que este regresso se deveu a um empurrãozinho de uma lady cujo blogue dá pelo nome de Uma porta de mim... sem chave. Digamos que esta miúda tem um certo efeito Axe na versão feminina. :D
Assim, cá estou eu.
O que mudou na minha vida nesta ausência?? Bem... pouca coisa.
* Estou mais redonda, mas apesar de tudo tenho conseguido a proeza de não ter engordado quase nada (vamos ver até quando dura).
* O peito está diferente mas não está maior (thank God, que o tamanho dele no seu estado normal já é considerável).
* Entretanto, o calor tem apertado como o raio e dou por mim transpirada em zonas que nem sabia ser possível acumular água.
* Os elevadores lá do prédio acharam por bem decretar-me guerra e é nestas alturas que eu dou graças divinas por morar no 3º andar e não no 6º (como era intenção aqui do casalinho de pombos).
* Já comecei a ter uma antevisão do que vai ser a minha vida com a minha sogra desde que ela se sente avó (e garanto-vos já, não abona a meu favor).
* Tive de abandonar o super ginásio e o meu querido prof. Peter (sim, eu sou chique ao ponto de ter um prof. de eleição), pois a Sô Dôtora achou que a minha vida andava muito... agitada (mau... será que lhe devia ter perguntado algo sobre a minha vida sexual?).
* Segundo o Ken, a minha impertinência tem andado agravada nestes últimos dias, mas eu acho que ele é que está mais sensível pois os ataques à carteira (em nome da filha querida) já começaram.
Feito o resumo, espero conseguir manter as minhas visitas a este cantinho e ao espaço daqueles que se tornaram companheiros de escrita.
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Os homens podem tirar-nos do sério inúmeras vezes, mas têm realmente um efeito calmante sobre as mulheres!
Não acreditam? Vejamos as evidências:
- A minha vizinha de baixo grita menos quando o marido está em casa;
- A gata de um casal amigo deixou de miar noites a fio assim que lhe arranjaram um "gato-de-companhia";
- Eu, fico menos "acabronzada" quando o Ken está por perto.
E agora venham lá dizer que não precisamos deles...pfff
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Pois é, a MAraFaDiNhA anda um pouco sumidinha.
Nada de grave, ossos do ofício...
Assim a modos que a resumir a minha vida nestes útimos dias:
* Vem aí uma Mini-MaRaFaDiNhA
e tal e coiso... é a loucura!!! Eu já a sonhar com os "modelitos" para a boneca, o Ken a fazer contas à vida e a rezar (secretamente) para que o génio da cria não puxe tanto ao lado algarvio.
* Fui ver os Metallica (again)
mesmo neste estado de graça, achei que era engraçado armar-me em grávida-metaleira. Quando falei à obstetra da ida a um concerto ela perguntou-me se ia ver a Hanna Montana. Ainda estou para descobrir que ar angelical tinha eu naquele dia mas está certo... "Não, sô Dôtora vou ver algo mais... pesadote".
E lá fui eu... Abençoado Pavilhão Atlântico e os seus lugares sentados, pois a cada duas músicas o rabiosque é que pesava.
* Tenho vizinhos novos
e a coisa já me começa a cheirar a esturro a julgar pela madrugada desta noite mas vamos aguardar as cenas dos próximos capítulos
* Fui à depilação
e ia morrendo... Ora quem me acompanha há algum tempo conhece bem os meus dramas neste campo. Apenas me é permitido acrescentar que a minha hipersensibilidade está ainda mais acentuada e que a esteticista que me saiu na rifa me ia deixando...careca... e não era bem essa a minha intenção mas pronto. Mulher sofre; grávida sofre a dobrar.
E pronto, deixo-vos com este verdadeiro post da treta, mas já tinha saudades deste espaço e quis deixar mais um apontamento da minha vidinha de croma.
Bem sei que pode soar um pouco a conversa fútil... mas que se lixe, quem não tem o seu momento tipicamente "pink" que atire o primeiro chinelo.
Bem sei que pode chocar as mentes mais sensíveis... mas que se lixe, quem nunca ficou mais alegre não sabe o que perde.
1º) Será normal que olhar para sapatos altos me dê vontade de chorar???!!! Sim, tenho saudades dos meus vertiginosos sapatos de outros tempos e dos belos tailleurs primaveris. Esperei a meninice toda para me vestir à empresária (só me falta a empresa mas isso é um pequeno detail) e agora... chouriços para os investimentos.
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2º) Será normal que eu sinta uma tremenda vontade de me encharcar em álcool assim que as obrigações maternas assim o permitam?? Sim, já não aguento ver ninguém a beber sangria ou cocktails espirituosos. Dá-me uma sede... Não é que eu fosse para aí alguma dependente da bebida mas lá que me sabia bem um copito de vez em quando....
Cara família, ficam já avisados, alguém vai ter que cuidar da criança para que eu possa apanhar uma rosquinha (o que não vai ser dificil pois com tanto tempo de abstinência qualquer copito me vai subir à mioleira).
Tenho dito!
As saudades que eu já tenho do tempo em que fazia uma viagem de carro sem ter de parar em cada estação de serviço...
Há lá coisa que me irrite mais do que ter de andar sempre a verter águas??! Bem, por acaso até há mas não é para aqui chamado.
Se eu já era michona, nestes último mês essa vertente ficou ainda mais acentuada. Aliás, desconfio que um dia destes a produção vai ser tão intensa que me sai pelos ouvidos ou qualquer coisa do género.
No trabalho, em casa, a coisa ainda passa mais ou menos camuflada, mas fora isso... já é tortura. Aposto que quando o Ken me disse "Vê, lá. Quando tivermos que parar avisa!", nunca imaginou que ia parar a cada duas estações (mais coisa menos coisa) até chegarmos ao desejado destino.
Desconfio que nos próximos tempos vou saber recitar sem cábulas, as belas peças literárias que podemos encontrar nas portas dos WC´s deste país. É deveras impressionante o quanto se fazem declarações/ ameaças/ poemas/ promessas/ bonecagens... nas casas de banho públicas. Eu não sei em relação aos outros, mas eu quando lá chego estou tão, mas tão, aflitinha e fico tão, mas tão, aliviadinha que a última coisa que me passa pelo cérebro é dizer o quanto odeio a patarreca da vizinha ou o quanto gosto do Zeca lá de casa. E que dizer das assinaturas com a data por baixo?! Pois... acho que a minha cabeça também não se ia lembrar disso, tal é o meu gosto por visitas a sanitas que não me pertençam, mas seria algo do género:
MaRaFaDiNhA -02/05/2010 - quase que o xixi me saía pelos olhos, mas agora que estou de bexiga vazia, quero deixa a minha marca... já que convém puxar o autoclismo.
É, de facto parecemos os animais a marcar território. Só não se percebe com que objectivo, pois os homens dificilmente lerão as belas declarações e as mulheres pouca importância darão aos elogios das suas camaradas.
Enfim, coisas da vida. E agora pensando bem, onde é que eu já vou com a conversa? Era suposto ser um post solidário com as mulheres que
sofrem da bexiga... Oh God!
Vou mas é comprar um destes para mim e tratar de estar caladinha. Problema resolvido.
babygadget.net
E pronto! Agora que uma pessoa andava toda feliz da vida, a curtir o dia-a-dia sem ninguém a chatear a cabeça, tinha que aparecer uma virose para me provocar diarreia mental. Bem sei que esta analogia soa a algo muito estranho mas quando uma situação me aborrece profundamente, a minha cabecinha linda não sabe o significado da frase "STOP! AND MOVE ON..." (ou como diria o meu conterrâneo ZéZé Camarinha, "cagate and movate").
Quando já tinha ultrapassado o trauma do falecimento do Sr. Canário, eis que chego ao trabalho e dou de caras com a reencarnação do dito cujo. Depois de 5 minutos a olhar de boca aberta para a gaiola com o novo inquilino (qual clone do falecido), ouço uma vozinha de fundo "MaRaFaDiNhA, está aqui um novo passarinho que a sua colega mandou trazer. Disse que era para você não estranhar. De certo já estava habituada ao outro..."
Contra factos não há argumentos. Era só mais esta que eu precisava! Decidi não contestar pois vá lá uma pessoa explicar que não se substitui gente morta de um dia para o outro e que o mesmo devia acontecer com os animais, já para não falar do facto que eu não precisava de mais isto para me preocupar. Já tenho família, casa, gatos, Ken, gravidez e sogra com que me ocupar. Enfim....
E eis que o ponto da sogra me leva à outra virose que se apoderou do meu equilibrio emocional.
A gravidez de alguém leva quase sempre à aproximação dos seus membros, se bem que no meu caso as aproximações em demasia costumam dar asneira. E agora como é que eu explico que não preciso de companhia para uma certa situação?! Aliás, como é que eu explico que há coisas para as quais nós não nos devemos oferecer, pois se os outros quiserem a nossa intervenção, pedem???!!!!
Só sei que não preciso da ajuda do Prof. Caramba, Quirimba ou o raio, para adivinhar tempos difíceis num futuro próximo.
Oh God...
Após o jantar, esparramados em frente ao televisor. Eis que dou por mim com uma daquelas dúvidas existenciais que me faz pensar em tudo menos no que está à frente da vistinha.
MaRaFaDiNhA: Mor, achas que tenho as mamas maiores? (qual peitos, qual seios, são mamocas mesmo)
Ken: uh... bem...uh... talvez um bocadinho...
Fez-se silêncio, daqueles em que cada um fica com os seus pensamentos mas ninguém tem coragem de "deitar cá ´pra fora".
Ken: Vais ficar com essa cara?! Então não é normal que isso aconteça???
MaRaFaDiNhA: Se eu não tivesse já este belo par de bóias e não soubesse nadar, talvez fosse motivo de entusiasmo...
Ken: (suspiro)
cafepress.com
Para além de alguma preguicite aguda, tenho permanecido ausente destas bandas devido a algum trabalho extra que não me deixa muito espaço para dar asas à minha fértil expressividade (e maluqueira, q.b.).
A recente alteração hormonal não me piorou o génio mas nem por isso fez de mim uma madalena arrependida e assim, perante algumas situações do dia a dia, dou por mim com a certeza inabalável de que não tenho pachorra para infantilidades vindas de gente com quase o dobro da minha idade. Irra que o ser humano é complicado!! Homens, mulheres... tanto faz! Quando lhes dá para a parvalheira, toca a todos sem excepção.
Pelo meio de todo este caos diário ainda tive que fazer o funeral do canário cá do sitio. Pois é, esta empresa é muito... social. Já tivemos um gato adoptado, que desapareceu misteriosamente, e tínhamos (ao que me constou, há anos) um pássaro que tinha logo que esticar o pernil, quando estava à minha responsabilidade. A pobre ave já tinha passado pelo trauma da dona (uma colega de cá) o ter "abandonado" por aqui quando decidiu mudar de casa (ao que parece, o espaço novo não era digno do companheiro de 2 patas), recentemente vai mais um trauma pois a dita colega, por motivos de saúde, ausentou-se do trabalho por alguns meses. Quem ficou a tratar dele e a comprar comidinha da boa e tudo?? Je, pois claro! E agora pergunto: mas era necessário EU ter de encontrá-lo naquele estado lamentável??? Logo eu que nestas coisas já sou a pior das madalenas??!! Realmente, Sr. Canário...
Está visto que de há uns tempos para cá, tudo o que seja férias ou datas especiais dá mau resultado nos dias seguintes. Assim, fui obrigada a quase uma semana de jejum para restabelecer o meu organismo.
Aliás, recentemente o meu corpo adquiriu vontade própria e já não tenho controlo sobre nada. O que leva ao post que publiquei a algum tempo, em que me revelei surprise(d). Pois é meus amigos, chegou a hora da revelação.
A MaRaFaDiNhA está "de esperanças". Ah AH AH AH Ah. Sempre achei um piadão a este termo para designar as grávidas mas agora começo a entendê-lo melhor. São as esperanças de não crescer muito para os lados, de não ter acessos de gula ou de choro descontrolados, de chegar ao fim do dia e ter os adorados pés no seu estado normal... and so on.
Claro que na altura daquele post eu já sabia da boa nova, mas a minha surpresa foi a tomada de consciência de uma série de factores que se prendem com a nova realidade. É impressionante como uma coisa tão minúscula já começa a comandar o nosso corpo e as nossas vidas. Acabou a boa vida. E como acaba cedo... Lá se foi o álcool, o marisco, o sushi, a ingestão de doces despreocupada... e assim, para além de desconfiar que sou a prima favorita do João Pestana, as belas férias paradisíacas que estavam a ser combinadas com tanto amor e carinho têm de ser adiadas (sabemos lá nós para quando). E é aqui que eu me descontrolo, com a vossa licença: BUáááááááááááááááá!!!!!!!!
Mas antes que me julguem erradamente, como é óbvio a felicidade impera (ainda que eu implore para que o rebento adquira o feitio do seu progenitor e não o de uma Marafada desvairada). Aguardamos as cenas dos próximos episódios ;)
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Uma pessoa decide tirar uns dias para encher as ancas de folar e esquecer que no mundo existem balanças (o eterno drama de mulher), para ouvir a cada noticiário que uma fatia do dito cujo corresponde a cerca de 220 Kcal.
SO WHAT????!!!
Deixai-nos encher a mula em paz e sossego, não há mais nada para noticiar??? Comi para aí um folar inteiro e aquilo que menos preciso é de grilos falantes a zumbir no meu ouvido!!! Chiça lá o cacete do jornalismo de hoje em dia.
Já que uma rosa não é composta apenas por espinhos...
...
Nesta zona do país (que não é nos meus Algarves), vive-se muito intensamente a vida dos outros. Vive-se ainda mais intensamente o estado civil das pessoas. Assim, não obstante eu estar aqui para fazer o meu trabalho e ponto final, é raro o dia em que alguém não pergunta se sou casada ou solteira.
As formas de questionar tão pertinente facto vão desde a pergunta directa, à pergunta cheia de rodeios, à cusquice com os meus colegas.
"Então é menina ou senhora?"; "Não sei se é casada...."; "Não vejo aliança, não deve ser casada..."; "a menina que está ali é casada ou solteira?"; "a menina que veio aqui é da família de alguém aqui dentro?"
Se as perguntas viessem de homens bem apessoados, disponíveis e com idade para me fazerem filhos, eu ainda percebia este interesse. Mas como a questão surge, na sua esmagadora maioria, de mulheres na 3ª idade, já começo a ficar com comichão. Mas para que raio é que interessa tanto saber o estado civil de alguém que não conhecem de lado nenhum; de alguém que não contribui em nada para a vossa felicidade???!!
A sério, isto faz-me uma confusão do diabo. Por exemplo, eu andei dois anos a correr para o ortodontista e aquilo que menos me veio à cabeça foi se as pessoas que lá estavam a trabalhar eram solteiras, viúvas, divorciadas, relaxadas, primas, avós ou tias de quem quer que seja.
Será que as pessoas ficam preocupadas em saber o que é que uma rapariga faz no meio de tantos homens (sim, deviam esperar que se houvesse para aqui uma orgia ao fim do dia, alguém lhes fosse contar) e vai daí se ouvirem que a menina é casada ficam mais descansadinhas?! Ou então talvez se avalie as pessoas por esse detalhe e eu é que desconhecia estes costumes.
Não há pachorra e eu faço questão de dar a volta ao caso e não dar resposta directa. Mas claro está que, contrariamente a mim que devia mandar na minha própria vida, a D. Milu (o colega alcoviteiro que tenho que aguentar diariamente), faz questão de espalhar por meio mundo que eu sou a "mulher" do Ken.
Vou começar a perguntar se querem casar comigo ou se conhecem alguém interessado. E depois queixem-se do mau feitio e venham cá dizer que é por eu ser "moura".
Estou preocupada!
Andei a pensar na vida (às vezes dá jeito fazermos o balanço) e fiquei a pensar em como pertenço a uma família de gente muito virada para o trabalho e particularmente "bem resolvida" no que toca às lides domésticas.
O pai não tira férias há anos; a mãe não tem sossego há outros tantos; a minha prima é muito prendada no que toca a "artes de vovó"; a mana mais velha tem mãozinha para a cozinha (como a generalidade das mulheres desta família); a mana mais nova é muito dotada no desenho; até os animais de estimação têm assim uma certa aptidão para serem especiais em qualquer coisa.
Agora perguntem-me lá onde é que eu encaixo?
boa pergunta... aptidão para a parvoíce?!
Ora eu... bem, para além da imensa vontade em tirar para aí um ano de férias (o que demonstra o meu apreço pelo trabalho non-stop), não tenho queda para coisa nenhuma que diga respeito a crochés, tricôs, artes gráficas ou culinária. Aliás, o meu sonho é ter um Ambrósio lá por casa e, já agora, viajar quatro vezes no ano.
My God, terei sido adoptada??!?!?!
Parece pouco provável uma vez que a fronha não engana as origens...
ahhhhhhhh, só pode ter sido daquela vez em que a minha irmã mais velha me deixou ir de cabeça ao chão tinha eu apenas alguns mesitos.
Novo pedido urgente de medula.
Aliás, como o meu blogue é mais virado para a parvoíce em geral, deixo aqui a indicação para todos aqueles que se interessem pela ajuda ao próximo, consultem este blogue de onde surge o pedido sempre que quiserem saber onde e como ajudar doentes nestas circunstâncias.
Mesmo que optemos por falar de coisas diferentes, não quer dizer que deixemos de prestar atenção ao que se passa à nossa volta. Também eu costumo pesquisar e dar o meu contributo, sempre que possível, para causas necessárias (ainda que opte por só falar de banalidades por aqui).
Sim, vou falar de rabos. Tal deve-se a um rasgo de luminosidade que me passou pela zona frontal do cérebro e, quando assim é, não há nada a fazer.
As meninas que me perdoem mas, já que nenhum homem se chega à frente (que eu tenha conhecimento), está na altura de uma mulher tratar do assunto.
É certo que nós mulheres temos mil e uma taras e manias (o Marco Paulo é que percebe disto e o resto é treta), mas há já algum tempo que constato uma em particular.
Desde conservas com amigas, colegas de trabalho e observação do mulherio do ginásio, é fácil perceber que existe um preconceito com os rabiosques por parte daquelas que têm uma traseira mais... generosa. Vai daí, toca a esconder o dito cujo com roupa até meio da coxa ou casacos e blusas atrelados à camionagem.
Ora minhas amigas, não é que eu vos ande a tirar as medidas da carroçaria que nem uma louca, mas tenho olhinhos de lince e deixem que vos diga, essa tara não tem fundamento algum. Aliás, 90% das mulheres que se queixam de ter o rabo demasiado grande, estão dentro da normalidade e têm apenas e somente um rabo que qualquer homem há-de considerar... "jeitosinho"! Portanto, está na hora de se deixarem de tretas (para não usar outro termo), desistir de melgar os ouvidos da família e amigos, e mostrar aquilo que os vossos paizinhos vos deram com o mesmo orgulho com que a JLo se bamboleia com qualquer trapinho.
Já não há pachorra, miúdas!
Eu por exemplo, queixo-me que podia ter mais rabo mas a verdade é que não se pode ter tudo e se a frontal já é bem fornecida mais vale assim do que parecer uma boneca "made in USA". Já tive as minhas vergonhas é certo mas uma vez que não posso atar uma camisola e espremê-las, mais vale exibi-las.
Assim sendo, apesar de ninguém me pedir opinião, tenho dito. Considerem isto uma espécie de hino aos rabiosques.
E sim, minha querida amiga, pensei em si ao escrever este post.
Embrulha aí, Michel Platini!!!!!!!!
Qual será a razão pela qual hoje em dia uma pessoa não consegue comprar um par de calças sem ficar com a sensação que os costureiros devem ter tirado os moldes ao Michael Jordan?
Ora se a maioria da população não é jogadora da NBA, alguém pode explicar o exagero de tecido extra no comprimento das pernas? É que não estamos a falar de pouquinhos centímetros a mais, estamos a falar da possibilidade real de aproveitar o excesso e fazer umas mini calças. E olhem que não estou a exagerar pois não sou baixinha, encontro-me dentro da estatura média de uma mulher portuguesa.
Uma pessoa (ok, talvez uma pessoa destrambelhada como eu) mal consegue visualizar o efeito das ditas e é quase impossível sair do provador pois cada passo será uma aventura com direito a queda livre.
Assenta bem no rabo? (questão pertinente pois o que eu tenho de pára-choques ficou em falta na traseira)
Assenta!
Então, siga.
E pensar que ainda me recordo de há uns bons anos atrás, a minha prima que mede para aí 1.80m ter dificuldade em arranjar calças de ganga que não lhe ficassem a "meio da canela" e acabava por ter de se virar para modelos masculinos (thank God que ela foi adolescente na época em que a moda permitia esses trajes e já nem vou falar daquelas "popas" monstruosas). Bem, querida prima, penso que os teus problemas acabaram e chegou a época em que também tu tens de ajustar baínhas. Que cena, hã?!
Estou roxa de tanta ira, senhores.
Então vá uma pessoa descobrir que vive no mesmo prédio que uma cambada de estúpidos, caloteiros.
Ai não há dinheiro para pagar o condomínio e há dinheiro para comprar casa nova? Ou não sabiam que os blocos de apartamentos têm o factor "condomínio" e "áreas comuns" que deve ser respeitado e cuidado?
Cá para mim é tudo assim à radical (não obstante que azares acontecem), mas se não sabem desenrascar-se, nem viver em comunidade pois fiquem a viver em casa dos pais ou vão morar para baixo de um chaparro. Quero lá saber! O que não pensem é que vão andar uns a pagar pela extrema inteligência de outros. Ai isso é que era bom. See you in court, que isto não há "abébias" para ninguém.
Bolas (para não dizer outra coisa)!
Que há muita gentinha mal educada já se sabia, pois face à dificuldade que existe em esboçar um sorriso acompanhado de um "bom dia", eu logo vi que nós e mais dois ou três casais é que não devemos ter sido feitos em dia de tempestade.
Que há muita gentinha mal formada, ai isso também já se percebeu face à quantidade de vezes que se encontra a porta principal aberta, papéis de publicidade no chão da entrada ou os tenebrosos barulhinhos fora de horas, entre outros details.
Que há muita gentinha que não quer saber um cacete de nada, também já deu para ver pois em três reuniões de condomínio somos sempre as mesmas abelhas.
Que há gente com vidas complicadas, também não é difícil adivinhar, há sim senhora. Mas meus amigos... eu prefiro sair menos, vestir menos, calçar menos, poupar mais... a dever o que quer que seja em qualquer lado.
Resumindo, nunca tinha vivido num apartamento e THANK GOD... que possamos continuar a ter planos para sair dentro de uns aninhos.
Se estou demasiado irritada? Então não?! É que ao contrário do que a generalidade dos meus vizinhos parece pensar, eu acho que a minha casa começa na porta de entrada do prédio e não na porta do meu apartamento.
What´s wrong with you people????
Será que este sol significa que já posso limpar as varandas e janelas lá de casa... ou mais vale esperar e fazer de conta que tenho vidros "escurecidos"?
. Mais uma ausência, mais u...
. Eu juro que só queria fal...